sexta-feira, 18 de junho de 2010

Epílogo

Se este percurso teve um prólogo, é porque certamente também iria ter um epílogo! Eis-nos então chegados ao derradeiro momento deste exílio! :)

Serve este momento para vos agradecer, por me terem ajudado a ultrapassar da melhor forma possível este tempo de ausência. Espero que tenha sido tão interessante para vós ler este blog quanto foi divertido para mim escrevê-lo!

E antes que me perguntem um monte de vezes a mesma questão: não sei, não sei mesmo se este blog voltará a ter actividade... a ver vamos o que o futuro nos reserva!

Mas o que interessa a sério neste momento é voltar a ver o Lado Solar de Portugal, if you know what I mean!

Cardiff, I'll see you next time!
 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

As "british babes"

Não poderia passar sem vos falar do "outro país" que é o Reino Unido à noite! Merece por si só um post, digo eu!


















Toda a repressão causada pela rotina do dia-a-dia, a tirania dos horários e a perfídia dos patrões termina mal o Sol dá o seu lugar à Lua: é a loucura-loucura!! Esta podia ser a descrição para a transformação dos homens em lobisomens, mas não anda lá muito longe!


















O "Limahl" em Cardiff! ;)

A St. Mary Street (que sacrilégio, Santa Maria!) aqui em Cardiff é palco (quase) diário de um verdadeiro Carnaval (ou Halloween, como quiserem!!). Só falta mesmo um trem eléctrico...































Se durante o dia o gosto e o decoro já são bastante duvidosos, à noite decerto não há dúvida alguma! E o melhor é que é  tudo "perfeitamente normal", como disse um treinador de futebol da nossa praça há muitos anos! (que é feito dele, já agora??)

















É realmente qualquer coisa apreciar a deselegância, o mau-gosto e a (muito) pouca vergonha destas "meninas" (?!?!) aos quais acresce o facto de todos acharem isso banalíssimo!















Vasquinho, isto é que são colegiais, não??

Decerto que esta é uma faceta do Reino Unido que não vou esquecer tão cedo...mas sinceramente, importações destas para Portugal dispensam-se bem!! Se bem que agora compreendo um pouco melhor Albufeira...



























O título deste post é dedicado a um de vós, que me lê. Ele queria que lhe mostrasse as "british babes". Pois aí estão elas! Que "brotinhos" lindos, Toninho, não???

























quarta-feira, 9 de junho de 2010

As casas

Ora bem, já vos falei das pessoas e das pessoas nas casas...para fechar o ciclo de combinações possíveis, falta então falar das casas propriamente ditas!

Pois bem, as casas são mais uma das deliciosas particularidades do Reino Unido. Contrariamente ao que é hábito em Portugal, o grosso das pessoas não vive em apartamentos mas sim em moradias (vivendas) unifamiliares. Mas não se excitem muito! Rapidamente vão ver quais dos cenários preferem (presumo)!


















Uma rua típica de Cardiff - a minha do ano passado

Aqui as moradias são todas iguais por ruas (e, porque não, por bairros). Como podem ver na foto acima, que se refere à minha rua do ano passado, difícil é escolher a casa de que se gosta mais. ;) E se a rua for pouco iluminada à noite, não é difícil enganarmo-nos, como podem imaginar!

 

















Outra rua típica de Cardiff;)

Chega mesmo a ser confrangedor verificar rua após rua aquilo a que chamo de arquitectura "copy-paste". Arquitectos/futuros arquitectos, atenção: esqueçam o Reino Unido! A não ser que seja para fazer edifícios públicos / monumentos / ... mas casas não!





















 





Uma banal casa (que, por acaso, foi a minha do ano passado!)

Por dentro, guess what? É a mesma coisa: a estrutura, a localização das divisões, bem como a sua área são decalcadas a papel químico de uma casa para a outra. Ah, e aqui a alcatifa é rainha! E não só nas casas, também nos edifícios públicos! Graças a Deus as minhas alergias já não são o que eram! ;)
















































Descubra as diferenças! (casa de 2009 em cima vs casa de 2010 em baixo)

Mas não sejamos de todo injustos: há zonas nas cidades do Reino Unido onde esta lógica não é totalmente válida. Isto é, onde existe construção mais "personalizada" e também alguns apartamentos. Mas tudo construção que não é para os bolsos de um normal cidadão britânico! O que dá que pensar: os ricos em apartamentos (de luxo) e os menos ricos em moradias unifamiliares... um pouco diferente de Portugal, não?
  

terça-feira, 1 de junho de 2010

As pessoas...em casa!

Na última vez que vos escrevi, falei-vos das pessoas do Reino Unido e, em particular, dos britânicos (galeses, ingleses, ...). Desta vez, vou falar-vos de como é viver com pessoas em casa. Ou melhor, de como tem sido a minha experiência!

Como sabem, é muito comum quando se está fora nestas condições partilhar uma casa arrendada. Em primeiro lugar, porque arrendar um T0/T1/estúdio implica burocracias e trabalhos aos quais um estudante tipicamente não está a fim de se sujeitar. E em segundo lugar (mas não menos importante!), o dinheiro normalmente não abunda... Assim, surge a hipótese de partilhar uma casa arrendada com outros estudantes: dividem-se os custos e (supostamente) os esforços e têm-se (quase) tudo o que necessitamos: um quarto só nosso e acesso (partilhado) a casas de banho, anexos com equipamentos (máquinas de lavar, secar, ...), sala de estar e, the last but not the least, cozinha.

Costuma-se dizer que na vida "em tudo é preciso ter-se sorte". E, neste caso, é naturalmente preciso ter-se sorte com as pessoas com quem partilhamos a casa. Pois aquilo que seria uma conveniência pode tornar-se um pesadelo: falta de colaboração nas tarefas comuns, desarrumação, barulho ... que acabam por redundar em mau ambiente e numa má experiência. Porém, apesar de nem tudo serem (terem sido) rosas, não me posso queixar muito!

No ano passado, quando cá estive cerca de um mês, partilhei a casa com quatro estudantes (2 rapazes e 2 raparigas) do Brunei! Para quem não sabe, o Brunei é um pequeno país do Sudeste Asiático (sim, têm os olhos em bico!). Não estive lá por muito tempo, mas foi marcante dado que foi a primeira vez que saí "debaixo das saias da mãe". No geral, correu tudo bem: o quarto era pequeno, mas limpo, e a casa tinha tudo o que eu precisava por um preço bastante razoável. Os bruneanos eram simpáticos e razoavelmente sossegados e limpos. Eram daquele tipo de pessoas "se não me chateares, também não te chateio". E embora não houvesse uma "lista de tarefas rotativa" (que recomendo que façam caso venham a viver em casas partilhadas!!), as coisas correram normalmente.

Este ano, saiu-me "na rifa" uma casa com quatro mulheres: ouviram bem, quatro mulheres! Três estudantes de Erasmus (duas italianas e uma finlandesa) e uma recém-graduada (inglesa). Se por um lado, isso significaria à partida mais barulho, por outro lado talvez representasse mais limpeza e organização. Pois, mas nem sempre os estereótipos se confirmam...

Com uma certa lógica, quem deveria ter maior "responsabilidade" na casa seria a rapariga inglesa, por já ter acabado o curso e ser mais velha. No entanto, redondo engano: não havia ninguém mais desorganizado e desleixado nesta casa do que ela! Digo havia, pois felizmente ela saiu no fim do mês de Abril, para meu suspiro de alívio. Uff!! Ah, e é bom nem falar das qualidades culinárias...adiante!

Assim, durante o mês de Maio fomos quatro aqui em casa...e as coisas melhoraram um pouco mas não tanto quanto eu gostava, confesso... sem querer particularizar, a capacidade de perceber que existem outros em casa não é o forte de algumas pessoas aqui. Mas não me posso queixar demasiado, de certeza poder-me-ia ter calhado uma "fava" maior.

Agora que o mês de Junho se iniciou, temos aqui um novo inquilino, um francês. Vá lá, dizem vocês, assim fica mais equilibrado (ooooh, dirão outros de vós ;) ).

Espero que nos dias que me restam aqui, com este novo equilíbrio que vai ter de se criar, tudo corra pelo melhor. E, para mim, o melhor é muito simples. É a política dos bruneanos: "se não me chateares, também não te chateio".

O grande ensinamento retiro da vivência em conjunto nestas circunstâncias é mesmo este: viver a nossa vida, sabendo que a nossa liberdade não acaba onde a do outro começa - neste caso, a liberdade é partilhada. E só se todos souberem como a partilhar tudo poderá correr pelo melhor.